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Moraes pede que julgamento de Bolsonaro e mais sete réus da trama golpista seja marcado

 Réus apresentaram alegações finais no processo nesta quinta-feira (14)



O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta quinta-feira (14) ao ministro Cristiano Zanin que marque a data do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros réus acusados de participação na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. As informações são do g1.


Zanin é presidente da Primeira Turma, que vai julgar o caso. De acordo com Moraes, o processo está pronto para inclusão em pauta e é preciso definir uma data para assegurar a efetividade da ação judicial.

“Considerando o regular encerramento da instrução processual, o cumprimento de todas as diligências complementares deferidas, bem como a apresentação de alegações finais pela Procuradoria-Geral da República e por todos os réus, solicito ao excelentíssimo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, dias para julgamento presencial da presenta ação penal”, escreveu Moraes.

A Primeira Turma é composta pelos ministros:

  • Cristiano Zanin (presidente)
  • Luiz Fux
  • Alexandre de Moraes (relator do caso)
  • Flávio Dino
  • Cármen Lúcia

Bolsonaro e outros sete réus são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de uma trama golpista com o objetivo de reverter, de forma ilegal, o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

A previsão é que o julgamento comece em setembro.

“Núcleo crucial” da trama golpista

Os réus do chamado núcleo crucial do processo da trama golpista são os primeiros a serem julgados. Compõem o grupo:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

Depois que Zanin marcar a data do julgamento, o colegiado vai julgar os réus. Serão apresentadas alegações da PGR, das defesas e, por fim, os votos dos ministros. A situação de casa acusado será analisada, podendo ser definida a absolvição ou condenação.


  • absolvição, se a maioria dos ministros entender que não houve crime ou o grupo não é o autor; neste caso, o processo é arquivado e não há punição.
  • condenação, se os magistrados concluírem que o grupo cometeu os crimes apontados pela PGR; neste caso, eles apresentam propostas de cálculo da pena, a partir de cada situação individual.

Nas duas circunstâncias, acusação e defesas podem recorrer da decisão ao próprio STF





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